domingo, 16 de março de 2014

A Música no Período Colonial (1500-1808) por Elaine Lima

Inicialmente, o centro político e econômico estava no Nordeste: na Bahia e em Pernambuco. Neste período, têm início o Ciclo da Cana-de-Açúcar (1535) e a Escravatura (1538). A música é predominantemente doméstica e religiosa: os cantos europeus, na casa grande e na igreja, não se misturam aos cânticos dos negros, restritos à senzala.

A primeira missão jesuítica chega ao Brasil em 1610. Com a intenção de “catequizar os gentios”, os missionários adaptam textos bíblicos aos cantos tradicionais indígenas. Daí nasce o cateretê, que pode ser considerado como o primeiro gênero musical oriundo da interinfluência cultural, no país. O mais antigo compositor brasileiro conhecido é Inácio Ribeiro Nóia (PE, 1688-1773).
Posteriormente, com o Ciclo do Ouro (1690), o centro econômico deslocou-se para Minas Gerais. A independência econômica com relação à Metrópole gerou o movimento emancipacionista conhecido com Inconfidência Mineira. O vigor econômico trouxe o florescimento musical. Nesta época, inúmeros mulatos faziam música, na igreja. Havia um grande contingente de músicos: instrumentistas, cantores e mestres de capela. Surgem os primeiros gêneros populares: modinha e lundu.
O músico mais conhecido do período colonial mineiro é José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (MG, 1746-1805).





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