A partir das estratégias formadas pelo
governo para disciplinar a sociedade, para que fosse criada uma identidade
nacional, a cultura popular ficou cada vez mais forte. Através do samba, capoeira, futebol e outros a
população deu inicio a manifestações que consolidaram de vez essas atividades
culturais. O cenário cultural brasileiro durante “A Era Vargas” foi marcado por
uma rica variedade de manifestações e a consolidação de outras novidades na
nossa história. No tempo em que Vargas esteve à frente do país explorava essas
atividades culturais a fim de conseguir aliados.
O samba foi uma dessas atividades
culturais, gênero musical mais prestigiado pela população brasileira, acompanhava
atentamente o comportamento do governo e as grandes vozes da época como, Carmem
Miranda lançavam marchinhas que faziam criticas a esse comportamento aculturado
imposto a sociedade. Com a forte estimulação das rádios, grande meio de
comunicação utilizado na época, as músicas que parodiavam o governo Vargas
atingiam cada vez mais a população, gerando o poder de dúvida sobre a atuação
de Vargas na política.
Para controlar a disseminação da
oposição, Vargas começou a dominar a liberdade dos artistas, pois não permitia
que se expressassem contra seu governo. Para haver esse controle foi criado o
DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda, que tinha o objetivo de não
deixar ocorrer manifestações que se opusessem ao governo e permitir propagandas
pró-governo. O Estado Novo, através do DIP, censurava qualquer culto da
malandragem, relacionado à vadiagem e ao não trabalho. Sambistas eram desestimuladas
a escrever sambas deste gênero, muitas músicas tiveram suas letras negadas pela
censura e até modificadas, como no caso do “Bonde de São Januário”, de Wilson
Batista e Ataulfo Alves, que fazia apologia a boemia teve que ser regravado em
1940, onde o samba passou a exaltar o trabalhador.
Segundo o governo Vargas a censura era
feita em nome de valores políticos, ideológicos, religiosos e morais, os
representantes do regime justificavam a proibição ou valorização de produtos
culturais. A cultura foi entendida como suporte da política e nessa
perspectiva, cultura, política e propaganda se mesclaram.
O rádio, que passou por um processo de
transformação, sendo visto como instrumento de formação cultural, onde através
dele as notícias e informações chegavam a boa parte da população foi estimulado
por Vargas. A partir de então surgiram as principais emissoras, como as redes
Record, Tupi, Bandeirantes, Mayrink Veiga e Nacional.
Música “Bonde São Januário” após a
censura Vargas
Letra original dizia: “O Bonde São Januário leva mais um sócio
otário, sou eu que não vou trabalhar...”
Boa pesquisa, só colocar a fonte.
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