domingo, 15 de junho de 2014

Twitter e a cultura da virtualidade real

Por: Ellen Alves e Thamires Lopes
(Imagem da Internet)

Baseado no conceito da cultura de virtualidade real, que caracteriza “o novo sistema de comunicação” (CASTELLS, s/d, p.388), fundamentado na integração em “rede digitalizada de múltiplos modos de comunicação”, com capacidade de inclusão e abrangência de todas as expressões culturais, utilizamos a rede social do twitter a fim de traçar um paralelo entre o conceito e prática atual.

Desde a década de 90, a comunicação eletrônica vem sendo formada, e com esse crescimento vertiginoso chegamos aos anos 2000 com avanços tecnológicos, tendo como principal expoente desse crescimento a internet. A partir dessas evoluções, assistimos as mudanças no comportamento das pessoas, sejam em cunho pessoal ou profissional (CASTELLS, s/d, A cultura da virtualidade real – A sociedade Interativa).

Com grande potencial de interação, podemos considerar o twitter uma rede multimídia mundial, que se estende para todo o domínio de vida. Através dos 140 caracteres é possível se informar e informar acontecimentos para todo mundo. Ela pode ser usada tanto para comunicação doméstica e pessoal quanto profissional e empresarial. Um meio rápido e eficiente para que a comunicação aconteça entre os grupos que estão participando da mesma. (BARBOSA, Rafael, em artigo sobre a importância do twitter, A importância do twitter como meio de comunicação).
 
No entanto, mesmo com tamanha abrangência, não quer dizer que haja homogeneização das expressões culturais ou da forma de comunicação nessa rede. Entendemos essa afirmação de Castells,  por meio dos Trending Tropics  que é a lista dos assuntos mais falados naquele momento pelos usuários do twitter. O que caracteriza tal diversificação é que países e algumas cidades do mundo possuem sua própria lista de assuntos mais relevantes.

Através dessas afirmações citamos que as redes socias já viraram parte da cultura de todo o mundo e dentro dela as culturas de cada etnia se produz e reproduz dentro de grupos diferentes, e as mesmas são compartilhadas mundialmente.

Em a Cultura Extraviada CANCLINI (s/d, p. 43), diz que:

Mas o que tratamos de ver atualmente, dado que as condições d produção, circulação e consumo da cultura não ocorrem numa só sociedade, é como se reelabora interculturalmente o sentido. Não só dentro de uma etnia, nem sequer dentro de uma nação, mas em circuitos globais superando fronteiras, tornando porosas as barreiras nacionais ou étnicas e fazendo com que cada grupo possa abastecer-se de repertórios culturais diferentes.

Com isso, podemos concluir que a virtualidade de hoje faz parte do cotidiano e da cultura da população mundial. As pessoas passaram a viver a virtualidade tão intensamente que tudo que acontece no mundo real, torna-se notícia, moda ou causa grandes comentários e impacto no mundo virtual, que com o crescimento e os avanços durante os anos, se tornou indispensável em todo mundo, mesmo com diferenças culturais, interesses e assuntos distintos. 

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